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Windows 7 – Lições Aprendidas

windows 7O novo sistema operacional da gigante do software Microsoft, o Windows 7, foi disponibilizado para testes no dia 5 de Maio de 2009, permitindo usuários de todo o mundo tenham acesso gratuito ao novo sistema operacional por um ano, quando o novo SO será oficialmente lançado.

Não somos um blog de tecnologia, mas não pude deixar de olhar para a situação com um viés de Gerenciamento de Projetos. Mas antes, vamos fazer uma rápida retrospectiva.

Sucessor do Windows XP, o Windows Vista foi mal recebido pelo público devido a questões que iam de instabilidade à recursos do sistema. Isso terminou por dar ao sistema uma reputação das piores (aclamado por muitos geeks como o maior fracasso da Microsoft após o Windows ME). Muitas empresas, assustadas com os reviews sobre os problemas do Vista, em especial no assunto compatibilidade (muitas aplicações simplesmente não rodam no Windows Vista), decidiram não migrar do XP para a nova plataforma, tornando o sistema operacional um fiasco financeiro maior do que sua terrível reputação junto aos usuários.

E o que isso tem a ver com gerenciamento de projetos? Bom, existe uma prática chamada Lições Aprendidas que me vem a cabeça toda vez que eu penso no 7. As Lições Aprendidas são um conjunto de informações que são coletadas durante a execução do projeto e compiladas ao seu termino, que são usadas para:

  • Minimizar o impacto de problemas já identificados em um projeto;
  • Listar os problemas que ocorreram num determinado projeto;
  • Listar as ações corretivas tomadas para resolver aqueles problemas;
  • Servir de base de dados para projetos do mesmo tipo;
  • Difundir as melhores práticas e soluções mais eficazes em gerenciamento de projetos;
  • Criar um repositório de dados (caso a empresa se valha de um PMO);

Agora vamos olhar para o que a Microsoft fez com o Vista:

Imposição de um sistema operacional pesado (8x a memória do XP, 13x o espaço em disco e um processador 3x mais forte) com uma nova arquitetura que não era compatível com algumas aplicações, muitas das quais consideradas fundamentais para alguns clientes (macros e automações de processos em algumas empresas, jogos em muitos desktops, programas diversos tanto em modo 32 bits quanto em 64 bits). Alteração em muitas funcionalidades e no ‘feeling’ do SO, que ficou mais bonito, mas não necessariamente mais prático e definitivamente não estava mais rápido. O resultado, todos conhecem.

Agora as promessas do Windows 7. Pra inicio de conversa, o sistema tem praticamente as mesmas configurações do Vista, exigindo um pouco menos do computador no termo espaço em disco (o que hoje em dia não é um problema tão grande com HDs de 250gb), mas considerando que é um sistema operacional novo, não necessitar de grandes upgrades de hardware é um avanço. Levando em conta que as novas tecnologias permitem processamentos de maior quantidade de dados do que quando o Vista foi lançado, pode-se esperar um desempenho muito superior no Windows 7. Segundo a Microsoft, todos os aplicativos que rodavam no Windows Vista funcionarão perfeitamente no Windows 7, e para qualquer outro aplicativo mais sensível, haverá a opção de rodar o programa através de um Windows XP virtual rodando dentro do próprio Windows 7. Em teoria, os problemas de compatibilidade acabaram. Some isso ao fato que a Microsoft abriu betas do novo SO ao grande publico em diversos momentos do desenvolvimento mostra uma maior maturidade e qualidade no processo de execução da Microsoft, recebendo input direto dos seus usuários, e levando esses requerimentos a sério como tem sido apontado em fóruns em toda a Internet.

Teria mesmo a Microsoft aprendido com seus erros e utilizado o processo de Lições Aprendidas? Não sei responder essa, mas fica uma lição para todos: Nem sempre uma bola fora é um problema, depende do que você faz com ela, você senta, chora e procura os culpados ou encara como uma lição a aprender e age para corrigir os problemas?

Para encerrar, no blog do Josh Nankivel, PMP, PMStudent, vocês podem encontrar uma template muito boa para Lições Aprendidas.

E você, o que acha disso tudo? Deixe um comentário, e se quiser is mais fundo, faça como eu e teste o Windows 7 você mesmo!

Até a próxima!

Diego Nei, MBA, PMP®

Consultor em Gestão Empresarial, sócio-fundador da DNCE. Certificado PMP®; Bacharel em Relações Internacionais; MBA em Gestão de Projetos; MBA em Gestão de Processos, Qualidade e Certificações; Leader Coach. Atua como consultor em Gestão Empresarial desde 2012, tendo auxiliado na avaliação e alinhamento estratégico do Portfólio de Projetos da Secretaria Para Copa do Mundo 2014 BA (SECOPA-BA) e no acompanhamento da execução das ações resultantes dos mesmos durante os jogos.

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